Face aos novos desafios da mobilidade e da competitividade inter regional, cada vez mais as regiões, procuram nos seus territórios identificar e consolidar novas vantagens relativas que lhes garantam acrescidas competitividades, atraiam e potenciem novos investimentos e que, por sua vez, cativem actividades de maior valor acrescentado.
É assim que, em certa medida, no seguimento dos conhecidos Pólos de Crescimento de F. Perroux, têm surgido, particularmente, em França, os “Pólos de Competitividade”, com a dupla finalidade de promover uma nova dinâmica industrial alicerçada num desenvolvimento regional competitivo, e simultaneamente introduzir uma dinâmica de desconcentração territorial das actividades produtivas com maior especialização.
Programaticamente, um Pólo de Competitividade pode definir-se como a articulação num território, entre empresas, centros de formação e unidades de investigação empenhadas na dinamização de uma parceria capaz de potenciar sinergias em redor de projectos comuns com carácter inovador e dispondo de massa crítica necessária à obtenção de visibilidade internacional.
Ou seja, uma das bases essenciais destes Pólos, assenta nas sinergias a desenvolver entre os diversos agentes de desenvolvimento locais, especialmente nas parcerias público / privadas que lhes estão subjacentes, nomeadamente entre o Estado, Municípios, Associações Empresariais, Universidades e Centros de Investigação.
Reconhecendo-se essa inegável apetência organizacional da região, valerá a pena encetar novas experiências de parcerias, não tanto já na reivindicação e concretização de projectos pontuais, mas sim em investimentos estruturantes mais ambiciosos e com forte incidência regional, senão mesmo, nacional.
· Criação de um Eixo Industrial que ligue os concelhos de Abrantes no Médio Tejo e Ponte de Sor no Alentejo, por forma a dar origem a um importante pólo industrial no centro do País. A recente criação do Tagusvalley em Abrantes poderá constituir um importante equipamento para a consolidação deste pólo de competitividade.
· Desenvolvimento de um importante pólo empresarial e de conhecimento, em torna da Enologia e das indústrias do vinho, num eixo agrícola “de excelência” formado pelos territórios dos municípios de Cartaxo, Santarém, Almeirim e Alpiarça.
· Aposta no potencial turístico, alargando-o para além do turismo religioso, para novos segmentos, como o histórico cultural centrado em Tomar e nos Templários, para o aproveitamento de Rotas temáticas (Vinho, Castelos, Cavalo, etc.), e para as novas formas de turismo em espaço rural.
· Criação de um pólo de competitividade, agrupando agro industriais, Escola Superior Agrária, Escolas de Gestão, Centros Profissionais, Centro de Investigação Animal, Estação Zootécnica Nacional e outras entidades ligadas à actividade alimentar, numa mancha territorial englobando os concelhos de Rio Maior, Cartaxo, Santarém e Almeirim.
· Criação de um pólo de desenvolvimento agrícola no Vale do Sorraia, potenciando a vertente industrial, com base nas potencialidades de culturas de regadio, com especial destaque para o arroz, e para a requalificação e valorização da cortiça.
8/02/11
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